terça-feira, 24 de novembro de 2009

Saudade


Ouço a tua voz ao longe e ela já não me pertence. Roubaram-ma os desenganos, a distância e os sonhos rasgados num temporal de dor e frases inacabadas, eternamente inacabadas...
E este silêncio para onde me atiraste, é a lâmina que me abrirá o peito deixando um rasgão fundo por onde há-de escorrer a tua memória.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Vazias...


Se ao menos quando partiste tivesses levado as minhas mãos para guardarem o teu corpo...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Dança comigo...


Vesti-me de vermelho para ti... e o meu corpo escuta a música do teu. Agita-se... insinua-se... Apeteces-me!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Hoje


Apetece-me continuar a esperar-te.
E cubro-me de vermelho...

sábado, 10 de outubro de 2009

Os nós com que me prendo


Comprei a um vendedor de sonhos uma fita de seda vermelha. Cheirava a jasmim, como os teus pulsos depois do abraço. Atei-te com ela, dei-lhe vários nós e tornei-te meu...
Mas um dia quiseste ser livre, desataste os laços com que te prendia e cortaste a fita com palavras de aço. Eu fiquei aqui, neste negro da noite, atada a mim, sufocada, para sempre enrolada na fita que me tingiu de vermelho. Assim... sozinha, e destruída...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

No negro da noite


Há um mundo que me pertence, que é só meu.
Nele nunca entrarás. E é vermelho, este meu segredo.